terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Estradas

    Venho descobrindo o pra que servem as estradas. Desde aquelas esboracadas, de barro, mal iluminadas, escuras, claras, abertas e retas, ou cheias de curvas... Além de nos levarem sempre pra algum lugar, elas são paradoxos de como nossas vidas seguem, onde cada passagem ou fase é um tipo de estrada diferente.
    Cada fase, cada situação, cada objetivo de vida ou de humor, muda o tipo de estrada por qual você está passando, seja de carro, de cavalo, a pé ou de bicicleta.
    Se seu foco de vida hoje é seu trabalho ou estudos, dependendo de onde você quer chegar e como, sua estrada tem algum horizonte bonito ou não. A minha, por exemplo, há uns anos era uma estrada onde não era sinalizada, barrenta, cheia de buracos e eu mal conseguia saber aonde ela daria; até encontrar-me. Até mudar o meu meio de transporte, de um carro confortável mas problemático, pra ir a pé.
    O sofrimento do esforço diário se torna recompensador quando você chega a um canto alto e vê um horizonte lindo, radiante e cheio de expectativas.
    Por eu estar num canto plano, pela minha situação de estudos ou foco no meu objetivo de carreira profissional, minha estrada se tornou bonita, calma e com um lugar onde eu sei onde chegarei.
    Só que, acabei entrando numa estrada meio escura, barrenta e que eu não sei onde vai dar.
A única placa que sinalizava dizia: Amor.

    Essa estrada sim, pra uns o caminho mais lindo, pra outros nem tanto.
Um caminho que eu tenho que percorrer a pé, vagarosamente, dolorosamente, mais que sei que eu tenho que chegar até o fim dessa estrada sozinha. E se eu tiver ainda sorte, acho algum cavalo ou no minimo um patinete pra poder chegar menos cansada...
    Esse sim é um caminho doloroso, esse sim é um caminho que ninguém nunca sabe onde se vai dá, mas mesmo assim, é um caminho que eu sei que no fim tem algo de bom, nem que seja um bom acampamento, ou uma boa visão do horizonte ou então algum riozinho onde eu possa me banhar silenciosa e solitariamente; ou não.

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